sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Castelinho da Rua Apa

São Paulo é uma cidade repleta de lugares com fama de mal assombrados, cada um com sua própria história. Um dos lugares com a história mais chamativa é o Castelinho da Rua Apa:


Em 1912 foi construído o Castelinho na Rua Apa, travessa da São João, número 236*, que veio a se tornar a moradia de uma das famílias ricas e tradicionais de São Paulo, os Guimarães dos Reis. No dia 12/05/1937, os dos três proprietários (Maria Cândida dos Reis, Armando Guimarães dos Reis e Álvaro Guimarães dos Reis) foram encontrados mortos.
Apesar de não ter sido totalmente solucionado, o caso foi dado como encerrado pela polícia, cuja versão não convenceu os vizinhos na época, foi que um dos irmãos atirou no outro e a mãe desesperada, se colocou entre os filhos, sendo baleada. Depois de se dar conta de seus atos, o assassino cometeu suicídio.
Motivo: Segundo a policia de São Paulo, Álvaro queria transformar o Cine Broadway da família num rinque de patinação, idéia que foi contra a de seu irmão, Armando, que não via o negócio com bons olhos.
O caso foi encerrado, mas não solucionado, porque a policia foi incapaz de descobrir qual dos irmãos seria o assassino. Como é possível um suicídio sem arma do crime? Se foi um crime passional, porque ouve o segundo disparo que atingiu a mãe? Essas questões ficaram sem resposta.
Desde  então, ninguém jamais conseguiu passar a noite no Castelinho da Rua Apa. Aqueles que tentaram, relataram terem ouvido gemidos e correntes, visto aparições e ouvido os disparos que causaram a morte das vítimas, que teriam continuado vagando pelo local.
Seja como seja, os portões do número 236 da Rua Apa estão abertos, bem como as portas do Castelinho, e mesmo em noites frias de inverno, os moradores de rua não ousam pernoitar no local.
Obs: A soma dos números 2,3, e 6 é 11, o número da magia e do sobrenatural da numerologia. O castelinho fica numa bifurcação, elemento comum em rituais de magia negra.

Até a próxima, se tiver coragem...


Mistérios do Edifício Joelma

Tenho uma ótima história para vocês, bom pesadelos:

Há mais de 30 anos, um incêndio parou a cidade de São Paulo. Era sexta-feira, dia 1° de Fevereiro de 1974, haviam aproximadamente 756 pessoas distribuídas pelos 25 andares do Edifício Joelma (hoje conhecido como Edifício Praça da Bandeira), localizado no n°225 da Avenida Nove de Julho, Praça da Bandeira, região Central de São Paulo - capital.

Lá pelas 08h50min da manhã, um funcionário ouviu um ruído de vidro se quebrando, vindo dos escritórios do 12° andar. Quando foi até lá verificar a causa do ruído, constatou que um aparelho de ar condicionado estava queimado; correu até o quadro de luz daquele piso para desligar a energia, mas quando voltou encontrou fogo seguindo pela fiação exposta ao longo da parede. Logo as cortinas se incendiaram e o incêndio começou à se espalhar pelas placas de combustíveis do forro. Correu para apanhar o extintor portátil, mas não conseguiu entrar novamente na sala devido à intensa fumaça. Subiu as escadas até o 13° andar, alertou os ocupantes e ao tentar voltar ao 12° andar, encontrou intensa fumaça e muito calor.
A partir daí, o incêndio, sem controle algum, tomou todo o prédio. Foram feitas várias corridas de elevadores até que o calor e a fumaça permitissem, salvando muitas pessoas; porém uma ascensorista na tentativa de salvar mais vidas, após as condições ficarem muito ruins, morreu no 20° andar.

Segundo perícias, a causa do incêndio foi um curto circuito em um equipamento de ar-condicionado em um dos andares, provocando um super aquecimento na fiação elétrica, gerando o primeiro foco de fogo, o qual se espalhou por todo o edifício.



O Mistério das Treze Almas:
Uma das tragédias que mais impressionaram, foi o fato de treze pessoas (isso mesmo 13) terem tentado escapar por um elevador e, não conseguindo, terem tido seus corpos carbonizados em seu interior, sendo que devido ao estado dos cadáveres, os corpos não foram identificados, pois naquela época ainda não existia a análise de DNA, sendo então enterrados lado a lado no Cemitério São Pedro, localizado na Av. Francisco Falconi, 837, Vila Alpina em São Paulo.
Os corpos deram origem ao mistério das Treze Almas, e a elas são atribuídos milagres, ficando conhecidas como as 13 Almas não identificadas. Muitos acreditam que os espíritos das pessoas mortas no incêndio vagueiam pelo prédio até os dias de hoje.
O local atrai centenas de curiosos, principalmente às segundas-feiras, dia das almas. Ao lado da sepultura, existe hoje uma capela.
"Contam alguns visitantes que em certos momentos ouvem sons de pessoas chorando, e quando vão verificar de onde vem, descobrem que o som está saindo da tumba dos 13 corpos vítimas do incêndio, sendo que o som dos choros só para quando jogam água sobre as sepulturas".
Esse é um dos mistérios que rondam o incidente do Edifício Joelma.

Passados muitos anos da tragédia, o antigo Edifício Joelma foi reformado, sendo batizado com o nome de Edifício Praça a Bandeira, disponibilizando para aluguel várias salas para escritórios e empresas. No entanto pessoas que frequentam o local relatam fatos estranhos e sombrios no interior do edifício, como esses:

Este foi relatado por uma assistente de advocacia que ficara até tarde no edifício:
"Em um escritório da advocacia alugado pouco tempo após a re-inauguração, uma assistente ficou até mais tarde para organizar os documentos deixados no final do expediente.
Como já era tarde da noite, e devido a existência de muitas salas ainda vazias e sem utilização, o prédio mantinha um silêncio sombrio e assustador.
Isso em conjunto com as lembranças do incêndio que ocorreu no passado, produzia um ambiente ainda mais assustador.
Em certo momento a assistente ouviu um barulho na ante-sala do escritório, como se a porta tivesse sido aberta.
Quando ela foi olhar, a porta estava fechada, como havia estado antes.
Então ela imaginou que fosse uma outra porta em outra sala do mesmo andar que havia gerado aquele ruído.
Instantes depois ela ouviu o barulho novamente, e quando se voltou, viu um vulto de uma mulher passando pela ante-sala.
Ela se assustou chegando a dar uma grito.
Foi observar novamente e não havia ninguém no local, apenas ela. Rapidamente ela pegou suas coisas, e saiu do escritório. Quando foi trancar a porta, novamente ela viu o vulto de uma mulher no fundo do corredor, desaparecendo em seguida.
A assistente rapidamente deixou o edifício e tempos depois se demitiu, pois havia a necessidade de ficar em alguns dias até mais tarde e ela não concordou com a solicitação, temendo ver aquele vulto novamente ou algo ainda pior ".


Este por um motorista que fazia entregas no edifício:
"Havia chegado com minha perua Combi no sub-solo do Edifício "Praça da Bandeira", para entrega de algumas encomendas, isso aproximadamente às 20h.
Estacionei como de costume, sendo que meu ajudante retirou as encomendas da perua para entregá-las no local solicitado. Permaneci então ali dentro da perua sozinho, aguardando o retorno do ajudante para irmos embora.
Algum tempo depois, como que por espanto, vi surgir no fundo do estacionamento uma mulher vestida toda de branco, sendo que ela veio se deslocando em direção à minha perua.
Nesse momento notei que ela não estava caminhando, e sim flutuando a alguns centímetros do chão, indo em direção à outra parede do estacionamento, desaparecendo em seguida.
Saí então da perua e subi até o andar onde estava meu ajudante, e contei para ele o acontecido, saindo em seguida rapidamente do edifício.
Hoje evito de todas as maneiras fazer entregas à noite naquele local".

Segundo depoimentos de testemunhas, muitos outros fatos sobrenaturais ocorreram e ainda ocorrem no Edifício "Praça das Bandeiras" (antigo Joelma), assustando até as pessoas mais desavisadas.

Outro mistério tem haver com o filme baseado na tragédia de nome "Joelma, 23° andar" no qual fatos estranhos ocorreram durante as gravações do filme como ruídos estranhos  em locais onde não havia ninguém, refletores que eram "derrubados", embora estivessem muito bem fixados, sendo um dos fatos mais incríveis a foto na qual pode-se notar nitidamente uma "pessoa" que não estava nas filmagens ao lado dos personagens em uma das cenas, indicando ser um dos possíveis "Fantasmas do Edifício Joelma".


Até a próxima, se tiver coragem.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Zashiki Warashi

Boa leitura, e ótimos pesadelos


 Zashiki Warashi


Zashiki Warashi (座敷童/座敷童子) é o nome de uma lenda japonesa. Zashiki em japonês significa quarto e Warashi, no dialeto da região de Aomori, significa “criança”, portanto Zashiki Warashi quer dizer “criança do quarto”.

Muitas pessoas no Japão ainda acreditam na existência dessas estranhas crianças, que tanto podem ser do sexo masculino ou feminino. Ninguém sabe definir se são fantasmas ou duendes. Existem muitos casos registrados e diversas situações em que as aparições desses seres se fizeram presentes. Nos dias atuais, existem várias casos ou lendas urbanas que falam da aparição desses seres nas grandes cidades.


Há muito tempo, havia uma grande hospedaria na pequena vila de Hachinohe (atual prefeitura de Aomori), localizada no norte do Japão. Naquela hospedaria, havia vários quartos e um, na parte dos fundos, especialmente bonito, junto ao jardim interno.

Certa ocasião, na hora do boi, um hóspede deitado, quase pegando no sono, viu a porta se abrir deslizando e um menino entrando no quarto. Aproximando-se do hóspede, a criança disse:

– Tio, vamos medir forças jogando braço de ferro? O hóspede imaginou que o menino fosse filho do dono da hospedaria e havia vindo ao quarto para lhe dar as boas vindas. Assim, brincaram algumas vezes jogando queda de braço. O incrível de tudo isso era que a criança tinha se mostrado muito forte, vencendo todas as partidas. Na manhã seguinte, o homem comentou com o dono da hospedaria: – Seu filho é muito forte, ontem à noite jogamos braço de ferro e eu não consegui ganhar nenhuma, por mais força que fizesse. O hospedeiro olhou-o surpreso e disse: – Mas, senhor, eu não tenho filho! De onde será que apareceu essa criança?!

Depois daquele dia, outros visitantes que também dormiram naquele quarto contaram que, à noite, uma criança aparecia pedindo para jogar braço de ferro. Interessante que nem o hospedeiro nem os empregados daquela casa haviam visto essa criança. Somente as pessoas que se hospedavam e dormiam naquele quarto podiam vê-la. Esse fato se espalhou pela redondeza, e todos passaram a comentar que naquela hospedaria morava um Zashiki Warashi.

A fama da hospedaria foi crescendo, e muitas pessoas que se julgavam fortes queriam pernoitar naquele quarto para jogar braço de ferro com o Zashiki Warashi. Outros que se julgavam corajosos queriam simplesmente ver a criança. Assim, a hospedaria ficou muito disputada e os negócios foram de vento em popa, entrando muito dinheiro no cofre do hospedeiro, que se tornou um homem muito rico.

Com tanto dinheiro acumulado, o hospedeiro parou de trabalhar e deixou tudo por conta dos empregados. Assim, passou a levar uma vida folgada, com muitas festas e bebidas. Certo dia, quatro ou cinco anos depois, o dono da hospedaria estava sentado na varanda de seu estabelecimento e viu um menino andando no corredor.

– Quem é ele? – quis saber o hospedeiro. E a criança saiu correndo para fora da hospedaria. – Um menino que veio do quarto lá do fundo e foi embora – disse a mulher da limpeza. Depois desse dia, a criança nunca mais apareceu para ninguém. Por isso, os hóspedes daquela casa foram diminuindo dia após dia e finalmente, alguns anos mais tarde, a hospedaria faliu. Ninguém soube dizer porque a criança foi embora.

Dias Atuais
Sabe-se que em outros lugares e situações, principalmente no norte do Japão, Zashiki Warashi tem aparecido, não só em hospedarias como em grandes hotéis e até em residências particulares. Há quem acredite que ele seja um deus que traz prosperidade e não faz mal a ninguém.

Até a próxima se tiver coragem

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Teke Teke

Completando nosso tópico japonês, apresento uma outra lenda bem conhecida lá... Essa eu ouvi a pouco tempo, mas já me apaixonei...hahahahahahaha!!!!

Teke Teke

Teke Teke é a história sobre uma menina que, acidentalmente, caiu sob um trem e foi cortada no meio. Ela levou muito tempo para morrer e agora o seu espirito perambula por todo Japão, arrastando a parte de cima (da cintura até a cabeça, incluindo os braços) usando suas garras grandes e afiadas. Toda vez que ela se move, ela faz um som descrito como "Teke Teke", devido ao bater de seus cotovelos.

Há no Japão uma história sobre um garoto que estava saindo de sua escola numa noite, quando ouviu um barulho atrás dele. Procurando pela origem do som, viu uma bela garota em uma janela. A menina tinha os braços apoiados sobre o parapeito da janela e estava apenas olhando para ele.
O garoto estranhou ver uma garota por ali, afinal era um colégio de meninos, e perguntou a menina, o que ela fazia por ali.
Foi então que a garota o viu olhando para ela, a menina sorriu e abraçou-se, segurando seus cotovelos com as mãos. Então, de repente, ela pulou da janela e caiu do lado de fora do solo.
O menino horrorizado foi ver o que tinha acontecido e ficou chocado ao ver que a menina, não possuía a metade inferior de seu corpo.
Ela então começou a ir em direção a ele, agarrando no chão, e batendo seus cotovelos fazendo um som teke-teke-teke-teke-teke. O rapaz estava cheio de terror e repulsa. Ele tentou correr, mas estava congelado de medo. Em poucos segundos, ela estava sobre ele,ela tirou uma foice e o partiu ao meio.
Quando as crianças contam essa história, eles alertam uns aos outros sobre Teke-Teke. Dizem que ela carrega uma serra afiada ou uma foice, e se ela te pega, ela vai te cortar na metade e você vai se tornar igual a ela. Diz-se perseguir crianças que brincam ao entardecer. Ela também é conhecida como "Bata-Bata" (novamente, o som que ela faz ao bater seus cotovelos no chão para andar) ou "A menina que corre em seus cotovelos."

Em Tokyo a lenda conta que não é em qualquer banheiro que isso ocorre. A cabina assombrada seria a quarta mais próxima da porta e estaria no banheiro ao lado do ginásio de esportes da escola, velho e raramente usado e, portanto, este deveria ser evitado.


A Casa Sem Fim

Ah, como eu amo esta lenda, é tão...como é mesma a palavra...Ah, sim! Perfeita... Espero que gostem:

A casa sem fim-narração

A história é narrada por um homem que vivenciou os acontecimentos, ela começa assim:
Deixe-me começar dizendo que Peter Terry era viciado em heroína. Nós éramos amigos na faculdade e continuamos sendo após eu ter me formado. Note que eu disse "eu". Ele largou depois de 2 anos mal feitos. Depois que eu me mudei do dormitório para um pequeno apartamento, não via Peter com muita frequência. Nós costumávamos conversar online as vezes (AIM era o rei na época pré-Facebook). Houve um tempo que ele não ficou online por cinco semanas seguidas. Eu não estava preocupado. Ele era um notável viciado em cocaína e drogas em geral, então eu assumi que ele apenas parou de se importar. Mas então, uma noite, eu o vi entrando. Antes que eu pudesse começar uma conversa, ele me mandou uma mensagem. "David, cara, nós precisamos conversar."
Foi quando ele me disse sobre a Casa sem Fim. Ela tinha esse nome pois ninguém nunca alcançou a saída final. As regras eram bem simples e clichês: chegue na saída final e você ganha 500 dólares, nove cômodos no total. A casa estava localizada fora da cidade, aproximadamente 7km da minha casa. Aparentemente ele tentou e falhou. Ele era viciado em heroína e sabe lá em mais o que, então eu imaginei que as drogas tinham feito ele se cagar todo por causa de um fantasma de papel ou algo assim. Ele me disse que seria demais pra qualquer um. Que não era normal. Eu não acreditei nele. Por que eu deveria? Eu disse a ele que iria checar isso na outra noite, e não importava o quanto ele tentasse me fazer não ir, 500 dólares soava bom demais pra ser verdade, eu precisava tentar. Fui na noite seguinte. Isso foi o que aconteceu.

Quando eu cheguei, imediatamente notei algo estranho sobre a casa. Você já viu ou leu algo que não deveria te assustar, mas por alguma razão te gelava a espinha? Eu andei através da construção e o o sentimento de mal estar apenas aumentou quando eu abri a porta da frente.

Meu coração desacelerou e soltei um suspiro aliviado assim que entrei. O cômodo parecia como uma entrada de um hotel normal decorada para o Halloween. Um sinal foi colocado no lugar onde deveria ter um funcionário. Se lia "Quarto 1 por aqui. Mais oito a seguir. Alcance o final e você vence!" Eu ri e fui para a primeira porta.

A primeira área era quase cômica. A decoração lembrava o corredor de Halloween de um K-Mart, cheia de fantasmas de lençol e zumbis robóticos que soltavam um grunhido estático quando você passava. No outro lado tinha uma saída, a única porta além da qual eu entrei. Passei através das falsas teias de aranha e fui para o segundo quarto.

Fui recebido por uma névoa assim que abri a porta do segundo quarto. O quarto definitivamente apostou alto nos termos de tecnologia. Não havia apenas uma máquina de fumaça, mas morcegos pendurados pelo teto e girando em círculos. Assustador. Eles pareciam ter em algum lugar da sala, uma trilha sonora em loop de Halloween que qualquer um encontra em uma loja de R$1,99. Eu não vi um rádio, mas imaginei que eles tenham usado um sistema de PA. Eu pisei em cima de alguns ratos de brinquedo com rodinhas e andei com o peito inchado para a próxima área. Eu alcancei a maçaneta e meu coração parou. Eu não queria abrir essa porta. O sentimento de medo bateu tão forte que eu mal conseguia pensar. A lógica voltou depois de alguns momentos aterrorizantes, e eu abri a porta e entrei no próximo cômodo. No quarto 3 foi quando as coisas começaram a mudar...

A primeira vista, parecia como um quarto normal. Havia uma cadeira no meio do quarto com piso de madeira. Uma lâmpada no canto fazia o péssimo trabalho de iluminar a área, e lançava algumas sombras sobre o chão e as paredes. Esse era o problema. Sombras. Plural. Com a exceção da cadeira, havia outras. Eu mal tinha entrado e já estava apavorado. Foi naquele momento que eu soube que algo não estava certo. Eu nem sequer pensava quando automaticamente tentei abrir a porta de qual eu vim. Estava trancada pelo outro lado.

Isso me deixou atormentado. Alguém estava trancando as portas conforme eu progredia? Não havia como. Eu teria ouvido. Seria uma trava mecânica que fechava automaticamente? Talvez. Mas eu estava muito assustado pra pensar. Eu me voltei para o quarto e as sombras tinham sumido. A sombra da cadeira permaneceu, mas as outras se foram. Comecei a andar lentamente. Eu costumava alucinar quando era criança, então eu conclui que as sombras eram um produto da minha imaginação. Comecei a me sentir melhor assim que fui para o meio da sala. Olhei para baixo enquanto andava, e foi aí que eu vi. A minha sombra não estava lá. Eu não tive tempo para gritar. Corri o mais rápido que pude para a outra porta e me atirei sem pensar no próximo quarto.

O quarto cômodo foi possivelmente o mais perturbador. Assim que eu fechei a porta, toda a luz pareceu ser sugada para fora e colocada no quarto anterior. Eu fiquei ali, rodeado pela escuridão, e não conseguia me mexer. Não tenho medo do escuro, e nunca tive, mas eu estava absolutamente aterrorizado. Toda a minha visão tinha me deixado. Eu ergui minha mão na frente do meu rosto e se eu não soubesse que tinha feito isso, nunca seria capaz de contar. Não conseguia ouvir nada. Estava um silêncio mortal. Quando você está em uma sala à prova de som, ainda é capaz de se ouvir respirar. Você consegue ouvir a si mesmo estar vivo. Eu não podia. Comecei a tropeçar depois de alguns momentos, a única coisa que eu podia sentir era meu coração batendo rapidamente. Não havia nenhuma porta à vista. Eu não tinha nem sequer certeza se havia uma porta mesmo. O silêncio foi quebrado por um zumbido baixo.

Senti algo atrás de mim. Vire-me bruscamente mas mal conseguia ver meu nariz. Mas eu sabia que era lá. Independentemente do quão escuro estava, eu sabia que tinha algo lá. O zumbido ficou mais alto, mais perto. Parecia me cercar, mas eu sabia que o que quer que estivesse causando o barulho, estava na minha frente, se aproximando. Dei um passo para trás, eu nunca tinha sentido esse tipo de medo. Eu realmente não consigo descrever o verdadeiro medo. Não estava nem com medo de morrer, mas sim do modo que isso ia acontecer. Tinha medo do que a coisa reservara para mim. Então as luzes piscaram por menos de um segundo e eu vi. Nada. Eu não vi nada e eu sei que eu não vi nada lá. O quarto estava novamente mergulhado na escuridão, e o zumbido era agora um guincho selvagem. Eu gritei em protesto, não conseguiria ouvir o barulho por mais um maldito minuto. Eu corri para trás, longe do barulho, e comecei a procurar pela maçaneta. Me virei e cai dentro do quarto 5.

Antes que eu descreva o quarto 5, você deve entender algo. Eu não sou um viciado. Nunca tive história de abuso de drogas ou qualquer tipo de psicoses além das alucinações na minha infância que eu já mencionei, e elas eram apenas quando eu estava realmente cansado ou tinha acabado de acordar. Eu entrei na Casa sem Fim limpo.

Depois de cair do quarto anterior, minha visão do quinto quarto foi de costas, olhando pro teto. O que eu vi não me assustou, apenas me surpreendeu. Árvores tinha crescido no quarto e se erguiam acima da minha cabeça. O teto desse quarto era mais alto que os outros, o que me fez pensar que eu estava no centro da casa. Me levantei do chão, me limpei e olhei ao redor. Era definitivamente o maior quarto de todos. Eu sequer conseguia ver a porta de onde eu estava, os vários arbustos e árvores devem ter bloqueado a minha linha de visão da saída. Nesse momento eu notei que os quartos estavam ficando mais assustadores, mas esse era um paraíso em comparação ao último. Também assumi que o que estava no quarto 4 ficou lá. Eu estava incrivelmente errado.

Conforme eu andava, comecei a ouvir o que se poderia ouvir em uma floresta, o barulho dos insetos se movendo e dos pássaros voando pareciam ser as minhas únicas companhias nesse quarto. Isso foi o que mais me incomodou. Eu podia ouvir os insetos e os outros animais, mas não conseguia vê-los. Comecei a me perguntar quão grande essa casa era. De fora, quando eu caminhei até ela, parecia como uma casa normal. Era definitivamente na maior parte da casa, já que tinha quase uma floresta inteira. A abóbada cobria minha visão do teto, mas eu assumi que ele ainda estava lá, por mais alto que fosse. Eu também não via nenhuma parede. A única maneira que eu sabia que ainda estava dentro da casa era por causa do chão compatível com o dos outros quartos, pisos escuros de madeira. Continuei andando na esperança que a próxima árvore que eu passasse revelaria a porta. Depois de alguns momento de caminhada, senti um mosquito no meu braço. O espantei e continuei. Um segundo depois, senti cerca de dez mais deles em diferentes lugares da minha pele. Senti eles rastejarem para cima e para baixo nos meus braços e pernas, e algum deles foram para o meu rosto. Eu me agitava freneticamente para espantá-los mas eles continuavam rastejando. Eu olhei para baixo e soltei um grito abafado, mais um ganido, para ser honesto. Eu não vi um único inseto. Nenhum inseto estava em mim, mas eu conseguia senti-los. Eu ouvia eles voando pelo meu rosto e picando a minha pele, mas não conseguia ver um único inseto. Me joguei no chão e comecei a rolar descontroladamente. Eu estava desesperado. Eu odiava insetos, especialmente os que eu não conseguia ver ou tocar. Mas eles conseguiam me tocar, e estavam por toda parte.

Eu comecei a rastejar. Não tinha ideia para onde estava indo, a entrada não estava a vista, e eu ainda não tinha visto a saída. Então eu apenas rastejei, minha pele se contorcendo com a presença desses insetos fantasmas. Depois do que pareceu horas, eu achei a porta. Agarrei a árvore mais próxima e me apoiei nela, eu dava tapas nos meus braços e pernas, sem sucesso. Tentei correr mas não conseguia, meu corpo estava exausto de rastejar e lidar com o que quer que estivesse no meu corpo. Eu dei alguns passos vacilantes até a porta, me segurando em cada árvore para me apoiar. Estava a poucos passos da porta quando eu ouvi. O zumbido baixo de antes. Estava vindo do próximo quarto, e era mais profundo. Eu podia quase senti-lo dentro do meu corpo, como quando você está do lado de um amplificador em um show. O sensação dos insetos em mim diminuiu quando o zumbido ficou mais alto. Assim que eu coloquei a mão na maçaneta, os insetos se foram completamente, mas eu não conseguia girar a maçaneta. Eu sabia que se eu soltasse, os insetos voltariam, e eu não voltaria para o cômodo quatro. Eu apenas fiquei ali, minha cabeça pressionada contra a porta marcada 6, minha mão trêmula segurando a maçaneta. O zumbido era tão alto que eu não conseguia nem me ouvir fingir pensar. Eu não podia fazer nada além de prosseguir. O quarto 6 era o próximo, e ele era o inferno.

Fechei a porta atrás de mim, meus olhos fechados e meus ouvidos zunindo. O zumbido me rodeava. Assim que a porta fechou, o zumbido se foi. Abri meus olhos e a porta que eu fechei sumira. Era apenas uma parede agora. Olhei em volta em choque. O quarto era idêntico ao terceiro, a mesma cadeira e lâmpada, mas com a quantidade de sombras corretas dessa vez. A única real diferença é que a porta de saída, e a que eu vim, tinham sumido. Como eu disse antes, eu não tinha problemas anteriores nos termos de instabilidade mental, mas no momento eu sentia como se estivesse louco. Eu não gritei. Não fiz um som. No começo eu arranhei suavemente. A parede era resistente, mas eu sabia que a porta estava lá, em algum lugar. Eu apenas sabia que estava. Arranhei onde a maçaneta estava. Arranhei a parede freneticamente com ambas as mãos, minhas unhas começaram a ser lixadas pela parede. Cai silenciosamente de joelho, o único som no quarto era o incessante arranhar contra a parede. Eu sabia que estava lá. A porta estava lá, eu sabia que estava apenas lá, sabia que se eu pudesse passar pela parede-

"Você está bem?" Pulei do chão e me virei rapidamente. Me encostei contra a parede atrás de mim e vi o que falou comigo, e até hoje eu me arrependo de ter me virado.

A garotinha usava um vestido branco que descia até seus tornozelos. Ela tinha longos cabelos loiros que desciam até o meio das suas costas, pele branca e olhos azuis. Ela era a coisa mais assustadora que eu já tinha visto, e eu sei que nada na vida será tão angustiante como o que eu vi nela. Enquanto eu a olhava, eu via a jovem menina, mas também via algo mais. Onde ela estava eu vi o que parecia com um corpo de um homem maior do que o normal e coberto de pelos. Ele estava nu da cabeça ao dedão do pé, mas sua cabeça não era humana, e seus pés eram cascos. Não era o diabo, mas naquele momento poderia muito bem ter sido. Sua cabeça era a cabeça de um carneiro e o focinho de um lobo. Era horrível, e era como a menininha a minha frente. Eles tinham a mesma forma. Eu não consigo realmente descrever, mas eu via os dois ao mesmo tempo. Eles compartilhavam o mesmo lugar do quarto, mas era como olhar para duas dimensões separadas. Quando eu olhava a menina, eu via a coisa, e quando eu olhava a coisa, eu via a menina. Eu não conseguia falar. Eu mal conseguia ver. Minha mente estava se revoltando contra o que eu tentava processar. Eu já tive medo antes na minha vida, e eu nunca tinha estado mais assutado do que quando fiquei preso no quarto 4, mas isso foi antes do sexto. Eu apenas fiquei ali, olhando para o que quer que fosse que falou comigo. Não havia saída. Eu estava preso lá com aquilo. E então ela falou de novo. "David, você deveria ter ouvido"

Quando aquilo falou, eu ouvi palavras da menina, mas a outra coisa falou atrás da minha mente numa voz que eu não tentarei descrever. Não havia nenhum outro som. A voz apenas continuava repetindo a frase de novo e de novo na minha mente, e eu concordei. Eu não sabia o que fazer. Estava ficando louco e ainda assim eu não conseguia tirar os olhos do que estava na minha frente. Cai no chão. Pensei que tinha desmaiado, mas o quarto não deixaria isso acontecer. Eu apenas queria que isso terminasse. Eu estava de lado, meus olhos bem apertos e a coisa olhando pra mim. No chão na minha frente estava correndo um dos ratos de brinquedo do segundo quarto. A casa estava brincando comigo. Mas por alguma razão, ver esse rato fez a minha mente voltar de onde quer que ela estivesse, e olhar ao redor do quarto. Eu sairia de lá. Estava determinado a sair daquela casa e nunca mais pensar sobre ela novamente. Eu sabia que esse quarto era o inferno e não estava pronto para ficar lá. No começo apenas meus olhos se moviam. Eu procurava nas paredes por qualquer tipo de abertura. O quarto não era muito grande, então não demorou muito para que eu checasse tudo. O demônio continuava zombando de mim, a voz cada vez mais alta como a coisa parada lá. Coloquei minha mão no chão e fiquei de quatro, e voltei a explorar a parede atrás de mim. Então eu vi algo que eu não podia acreditar. A coisa estava agora diretamente nas minhas costas, sussurrando como eu não deveria ter vindo. Eu senti sua respiração na minha nuca, mas me recusei a me virar. Um grande retângulo foi riscado na madeira, com um pequeno entalhe no meio dele. E bem em frente aos meus olhos eu vi um 7 que eu tinha inconscientemente feito na parede. Eu sabia o que era. Quarto 7 estava bem onde o quarto 5 estava a momentos atrás.

Eu não sabia como eu tinha feito aquilo, talvez tenha sido apenas o meu estado no momento, mas eu tinha criado a porta. Eu sabia que tinha. Na minha loucura eu tinha riscado na parede o que eu mais precisava, uma saída para o próximo quarto. O quarto 7 estava perto. Eu sabia que o demônio estava bem atrás de mim, mas por alguma razão, ele não conseguia me tocar. Fechei meus olhos e coloquei ambas as mãos no grande 7 na minha frente. E empurrei. Empurrei o mais forte que pude. O demônio agora gritava nos meus ouvidos. Ele e dizia que eu nunca iria embora. Me dizia que esse era o fim, mas que eu não iria morrer, eu iria ficar lá no quarto 6 com ele. Eu não iria. Empurrei e gritei com todo o meu fôlego. Eu sabia que alguma hora eu iria atravessar a parede. Cerrei meus olhos e gritei, e então o demônio se foi. Eu fui deixado no silêncio. Me virei lentamente e fui saudado com o quarto estando como estava quando eu entrei, apenas uma cadeira e uma lâmpada. Eu não podia acreditar nisso, mas não tive tempo de me habituar. Me virei para o 7 e pulei levemente para trás. O que eu vi foi uma porta. Não a que eu tinha riscado lá, mas uma porta normal com um grande 7 nela. Todo o meu corpo tremia. Me levou um tempo para girar a maçaneta. Eu apenas fiquei lá, parado por um tempo, encarando a porta. Eu não podia ficar no quarto 6, não podia. Mas se isso foi apenas o quarto 6, não conseguia imaginar o que me aguardava no 7. Devo ter ficado lá por uma hora, apenas olhando para o 7. Finalmente, respirei fundo e girei a maçaneta, abrindo a porta para o quarto 7.

Cambaleei através da porta mentalmente exausto e fisicamente fraco. A porta atrás de mim se fechou, e eu me toquei de onde estava. Eu estava fora. Não fora como no quarto 5, eu estava realmente lá fora. Meus olhos ardiam. Eu queria chorar. Cai de joelhos e tentei, mas não consegui. Eu estava finalmente fora daquele inferno. Nem sequer me importava com o prêmio que foi prometido. Me virei e vi que porta que eu tinha acabado de atravessar era a entrada. Andei até o meu carro e dirigi para casa, pensando em o quão bom seria tomar um banho.

Assim que cheguei em casa, me senti desconfortável. A alegria de deixar a Casa Sem Fim tinha sumido, e um temor crescia lentamente em meu estômago. Parei de pensar nisso e fiz meu caminho para a porta da frente. Entrei e imediatamente subi para o meu quarto. Eu entrei lá e na minha cama estava meu gato Baskerville. Ele foi a primeira coisa viva que eu vi aquela noite, e fui fazer carinho nele. Ele sibilou e bateu na minha mão. Recuei em choque, ele nunca tinha agido assim. Eu pensei "tanto faz, ele é um gato velho". Fui para o banho e me aprontei para o que eu esperava ser uma noite de insônia.

Depois do meu banho, fui cozinhar algo. Desci as escadas e me virei para a sala de estar, e vi o que ficaria para sempre gravado em minha mente. Meus pais estavam deitados no chão, nus e cobertos de sangue. Foram mutilado ao ponto de estarem quase identificáveis. Seus membros foram removidos e colocados do lado dos seus corpos, e suas cabeças em seus peitos, olhando para mim. A pior parte eram suas expressões. Eles sorriam, como se estivessem felizes em me ver. Vomitei e comecei a chorar lá mesmo. Eu não sabia o que tinha acontecido, eles nem sequer moravam comigo. Eu estava confuso. E então eu vi. Uma porta que nunca esteve lá antes. Uma porta com um grande 8 riscado com sangue nela.

Eu continuava na casa. Estava na minha sala de estar, mas ainda assim, no quarto 7. O rosto dos meus pais sorriram mais assim que eu percebi isso. Eles não eram meus pais, não podiam ser. Mas pareciam exatamente como eles. A porta marcada com um 8 estava do outro lado, depois dos corpos mutilados na minha frente. Eu sabia que tinha que continuar, mas naquele momento eu desisti. Os rostos sorridentes acabaram comigo, me seguravam lá onde eu estava. Vomitei novamente e quase entrei em colapso. E então, o zumbido voltou. Estava mais alto do que nunca, enchia a casa e tremia as paredes. O zumbido me obrigou a andar. Comecei a andar lentamente, indo em direção a porta e aos corpos. Eu mal conseguia ficar em pé, ainda mais andar, e quanto mais perto eu ia dos meus pais, mais perto do suicídio eu estava. As paredes agora tremiam tanto que parecia que desmoronariam, mas ainda assim os rostos sorriam para mim. Cada vez que eu me movia, os olhos me seguiam. Agora eu estava entre os dois corpos, a alguns metros da porta. As mãos desmembradas rastejaram em minha direção, o tempo todo os rostos continuavam a me olhar fixamente. Um novo terror tomou conta de mim e eu andei mais rápido. Eu não queria ouvir eles falarem. Não queria que as vozes fossem iguais a dos meus pais. Eles começaram a abrir suas bocas, e agora as mãos estavam a centímetros dos meus pés. Em um movimento desesperado, corri até a porta, a abri, e bati com ela atrás de mim. Quarto 8.

Eu estava farto. Depois do que acabara de acontecer, eu sabia que não tinha mais nada que essa porra de casa pudesse ter que eu não pudesse sobreviver. Não havia nada além do fogo do inferno que eu não estava preparado. Infelizmente eu subestimei as capacidades da Casa Sem Fim. Infelizmente, as coisas ficaram mais perturbadoras, mais terríveis e mais indescritíveis no quarto 8.

Eu continuo tendo dificuldade me acreditar no que eu vi na sala 8. De novo, o quarto era uma cópia do quarto 6 e 4, mas sentado na cadeira normalmente vazia, estava um homem. Depois de alguns segundos de descrença, minha mente finalmente aceitou o fato de que o homem sentado lá era eu. Não alguém que parecia comigo, ele era David Williams. Me aproximei. Eu tinha que dar uma olhada melhor, mesmo tendo certeza disso. Ele olhou para mim e notei lágrimas em seus olhos.

"Por favor.... por favor, não faça isso. Por favor, não me machuque."
"O que?" Eu disse. "Quem é você? Eu não vou te machucar."
"Sim, você vai" Ele soluçava agora. "Você vai me machucar e eu não quero que você faça isso." Ele colocou suas pernas para cima na cadeira e começou a se balançar para frente e para trás. Foi realmente bem patético de olhar, principalmente por ele ser eu, idêntico em todos os sentidos. "Escute, quem é você?" Eu estava agora apenas a alguns metros do meu doppelganger. Foi a mais estranha experiência que eu tive, estar lá falando comigo mesmo. Eu não estava assustado, mas ficaria logo. "Por que você-?"
"Você vai me machucar, você vai me machucar, se você quer sair você vai me machucar" "Por que você está falando isso? Apenas se acalme, certo? Vamos tentar entender isso e-" E então eu vi. O David sentado lá estava usando as mesmas roupas que eu, exceto por uma pequena mancha vermelha bordada em sua camisa com um número 9" "Você vai me machucar, você vai me machucar, não, por favor, você vai me machucar..." Meus olhos não deixaram o pequeno número no seu peito. Eu sabia exatamente o que era. As primeiras portas foram simples, mas depois elas ficaram mais ambíguas. 7 foi arranhada na parede pelas minhas próprias mãos. 8 foi marcada com o sangue dos meus pais. Mas 9 - esse número era uma pessoa, uma pessoa viva. E o pior, era uma pessoa que parecia exatamente comigo. "David?" Eu tive que perguntar.

"Sim... você vai me machucar, você vai me machucar..." Ele continuo a soluçar e a se balançar. Ele respondeu ao David. Ele era eu, até a voz. Mas aquele 9. Eu andei por alguns minutos enquanto ele chorava em sua cadeira. O quarto não tinha nenhuma porta, e assim como o 6, a porta da qual eu vim tinha sumido. Por alguma razão, eu sabia que arranhar não me levaria a nenhum lugar dessa vez. Estudei as paredes e o chão em volta da cadeira, abaixando a minha cabeça e vendo se tinha algo embaixo dela. Infelizmente, tinha. Embaixo da cadeira tinha uma faca. Junto com ela tinha uma nota onde se lia: Para David - Da Gerência.
A sensação em meu estômago quando eu li a nota foi algo sinistro. Eu queria vomitar, e a última coisa que eu queria fazer era remover a faca debaixo da cadeira. O outro David continuava a soluçar incontrolavelmente. Minha mente girava em volta de questões sem respostas. Quem colocou isso aqui e como sabiam meu nome? Sem mencionar o fato de que eu estava ajoelhado no chão frio e também estava sentado naquela cadeira, soluçando e pedindo para não ser machucado por mim mesmo. Isso tudo era muito para processar. A casa e a gerência estavam brincando comigo esse tempo todo. Meus pensamentos, por alguma razão, foram para Peter, e se ele chegou tão longe ou não. E se ele chegou, se ele conheceu um Peter Terry soluçando nesta cadeira, se balançando para frente e para trás. Eu expulsei esses pensamentos da minha cabeça, eles não importavam. Eu peguei a faca debaixo da cadeira e imediatamente o outro David se calou.
"David," ele disse na minha voz, "o que você pensa que vai fazer?" Me levantei do chão e apertei a faca na minha mão.

"Eu vou sair daqui."

David continuava sentado na cadeira, mas estava bem calmo agora. Ele olhou pra mim com um sorriso fraco. Eu não sabia se ele iria rir ou me estrangular. Lentamente ele se levantou da cadeira e ficou de frente para mim. Era estranho. Sua altura e até a maneira que ele estava eram iguais a mim. Eu senti o cabo de borracha da faca na minha mão e apertei ela mais forte. Eu não sabia o que planejava fazer com isso, mas sentia que eu ia precisar dela.

"Agora" sua voz era um pouco mais profunda que a minha. "Eu vou te machucar. Eu vou te machucar e eu vou te manter aqui" Eu não respondi. Eu apenas o ataquei e o segurei no chão. Eu tinha montado nele e olhei para baixo, faca apontada e preparada. Ele olhou para mim apavorado. Era como se eu estivesse olhando para um espelho. E então, o zumbido retornou, baixo e distante, mas ainda assim eu o sentia no meu corpo. David olhou mim e eu olhei para mim mesmo. O zumbido foi ficando mais alto, e eu senti algo dentro de mim se romper. Com apenas um movimento, eu enfiei a faca na marca em seu peito e rasguei. A escuridão inundou o quarto, e eu estava caindo.

A escuridão em volta de mim era diferente de tudo que eu já tinha experimentado até aquele ponto. O Quarto 3 era escuro, mas não chegou nem perto dessa que tinha me engolido completamente. Depois de um tempo, eu não tinha nem mais certeza se continuava caindo. Me sentia leve, coberto pela escuridão. E então, uma tristeza profunda veio até mim. Me senti perdido, deprimido, suicida. A visão dos meus pais entrou na minha mente. Eu sabia que não era real, mas eu tinha visto aquilo, e a mente tem dificuldades em diferenciar o que é real e o que não é. A tristeza só aumentava. Eu estava no quarto 9 pelo que parecia dias. O quarto final. E era exatamente o que isso era, o fim. A Casa Sem Fim tinha um final, e eu tinha alcançado isso.

Naquele momento, eu desisti. Eu sabia que eu estaria naquele estado pra sempre, acompanhado por nada além da escuridão. Nem o zumbido estava lá para me manter são. Eu tinha perdido todos os sentidos. Não conseguia sentir eu mesmo. Não conseguia ouvir nada, a visão era inútil aqui, e eu procurei por algum gosto na minha boca e não achei nada. Me senti desencarnado e completamente perdido. Eu sabia onde eu estava. Isso era o inferno. O Quarto 9 era o inferno. E então aconteceu. Uma luz. Uma dessas luzes estereotipadas no fim do túnel. Então eu senti o chão vir até mim, eu estava em pé. Depois de um momento ou dois para reunir meus pensamentos e sentidos, eu andei lentamente em direção a essa luz.

Assim que eu me aproximei da luz, ela tomou forma. Era uma luz saindo da fenda de uma porta, dessa vez sem nenhuma marca. Eu lentamente andei através da porta e me encontrei de volta onde eu comecei, no lobby da Casa Sem Fim. Estava exatamente como eu deixei. Continuava vazia, continuava decorada com enfeites infantis de Halloween. Depois de tudo o que aconteceu aquela noite, eu continuava desconfiado de onde eu estava. Depois de alguns momentos de normalidade, eu olhei em volta tentando achar qualquer coisa diferente. Na mesa estava um envelope branco com o meu nome escrito nele. Muito curioso, mas ainda assim cauteloso, juntei coragem para abrir o envelope. Dentro estava uma carta escrita à mão.

David Williams,
Parabéns! Você chegou ao final da Casa Sem Fim! Por favor, aceite esse prêmio como um símbolo da
sua grande conquista.
Da sua eterna,
Gerência

Junto com a carta, tinham cinco notas de 100 dólares.

Eu não conseguia parar de rir. Eu ri pelo que pareceram horas. Eu ri enquanto andava até o carro e ri enquanto dirigia pra casa. Eu ri enquanto estacionava o carro na minha garagem, ri enquanto abria a porta da frente da minha casa e ri quando vi um pequeno 10 gravado na madeira...




Numeros Malditos

Números Malditos

A maldição dos números, em geral, tem relação com as crenças, cultura e a história de um povo, além da fonética e do idioma - os japoneses e os chineses, por exemplo, têm medo dos números que soam como uma palavra ruim. Na China, o número 14 é temido pois sua pronúncia lembra "querer morrer", já em outros países da América do Sul, o 14 é considerado da sorte, pois é o dobro de 7, que simboliza a perfeição para Judeus e Cristãos.

17 - Maldição Romana

O número 17 é agourento na Itália. Nos algarismos romanos, ele é escrito como XVII. Quando as letras são embaralhadas, formam a palavra VIXI, que, em latim, quer dizer "minha vida acabou". O medo é tanto que o carro de modelo R17, da Renault, é vendido lá como R177. Além disso, algumas companhias aéreas não possuem aviões com a fileira número 17.

13 - A Marca do Traidor

Os cristãos relacionam o número 13 a Judas, os 13º apóstolo a chegar à Última Ceia e que depois traiu Jesus. Alguns também acreditam que Cristo foi crucificado na sexta-feira 13. Mas os Judeus creem que o número dá sorte: no alfabeto hebraico, a 13ª letra do alfabeto corresponde ao número 40, ligados a purificação.

666 - Registro Demoníaco
Segundo o livro bíblico do Apocalipse, 666 é o número do demônio. No Velho Testamento, no capítulo 13, é dito que "o número da besta (...) é seiscentos e sessenta e seis". A associação pode vir do séc I, quando Nero perseguia os cristãos. Ele era chamado de "besta" e as letras de seu nome correspondem ao número 666. Porém, na China, o número 666 é um número de sorte, pois sua pronúncia soa como "tudo flui suavemente".

40 - Pecados Aracnídeos

Os russos não são fãs do número 40, como os hebraicos. Para eles, é um número de muito azar, pois acreditam que os espíritos dos mortos vagam na terra durante 40 dias após o falecimento. Os russos também acreditam que, para cada aranha que você mata, 40 pecados são perdoados.

4 233 - Desenho Amaldiçoado

Os egípcios são famosos por serem hieróglifos, aqueles desenhos intrigantes que funcionavam quase como alfabeto próprio. O hieróglifo do número 42333 podia ser interpretado como um jovem faraó sendo assassinado. Nem é preciso dizer que eles não iam muito com a cara desse número não é?.

42 - Mau Presságio

Os japoneses morrem de medo do número 42. É que, quando eles pronunciam o número 4 e o número 2 seguidos, parecem dizer "vai morrer" (parecido com o número 14 que foi citado acima). E qualquer variação é ruim, por exemplo, 420 parece ser "espírito morto" e 24 soa como "morte em dobro''. Eles levam a superstição tão a sério que vários hospitais nem tem quartos com o número 42. OBS: deu pra perceber que muitos números vem com o número 4 junto...


23 - Número Místico

Muitos acreditam que vários acontecimentos mundias foram causados pelo simples fato do número 23 ou outros números cuja conta resultam 23 estarem envolvidos, seja por ser uma data, hora, lugar, rua e etc. As pessoas não tinham muito conhecimento em relação a ele, porém, com a chegada do filme: Número 23, as coisas começaram a ficar intrigantes... Aqui temos algumas superstições e curiosidades em relação a ele:

• 23 é um número primo, assim como seus dois dígitos (2 e 3).
• Os seis primeiros dígitos de Pi (3,14159) somados resultam em 23;
• A primeira transmissão em código morse utilizou uma passagem bíblica: Números23:23;
• A Marcha do Sal de Gandhi durou 23 dias.
• Os cavaleiros templários, desde a sua fundação até o seu fim, tiveram 23Grandes Mestres;
• William Shakespeare nasceu no dia 23 de Abrail de 1564 e morreu em 23 de Abril de 1616;
• Julio Cesar foi apunhalado 23 vezes quando assassinado;
• De acordo com Flavius Josephus, hitoriador judeu, Adão e Eva tiveram 23 filhos;
• “Her Majesty”, tecnicamente a última música de um disco de os Beatles e também a mais curta, têm, exatamente, 23 segundos de duração;
• O hacker alemão, Karl Koch, inventor do “Trojan”, morreu no dia 23 de Maio;
• O maior livro da Bíblia é o 23° do Velho Testamento e seu salmo mais famoso e citado é o de número 23;
• W é a 23ª do alfabeto latino, têm duas ponta para baixo e três para cima. Em um teclado QWERTY, o W está logo abaixo e entre os números 2 e 3;
• O calendário Egípcio e Sumérico possuem o ano-novo no dia 23 de Julho;
• Taiwan é considerada pela China a 23ª província;
• As células somáticas dos humanos têm 23 pares de cromossomos;
• Um dia sideral possui 23 horas, 56 minutos de 4.091 segundos;
• Em “A Paixão de Cristo”, Jesus é açoitado 23 vezes antes de Satã ser visto na multidão;
• O eixo da Terra está inclinado em um ângulo de 23 graus;
• O sangue leva 23 segundos para percorrer o corpo humano por inteiro;
• O Titanic afundou na manhã do dia 15 de Abril de 1912 (1+5+4+1+9+1+2=23);
• 23 é a porta usada pelo protocolo TCP/IP;
• A eclíptica possui uma obliquidade em relação ao Equador Celeste de 23,5. (5=2+3);
• 11 de Setembro de 2001 (11+9+2+0+0+1=23);
• Hitler se matou em Abril de 1945 (4+1+9+4+5=23);
• 23! possui 23 dígitos em decimal;
• 23, 2/3 = 0,666 (número bíblico da Besta);
• O assassino Charles Manson nasceu no dia 12 de Novembro (11+12=23);
• O desastre de Chernobyl aconteceu no dia 26 de Abril de 1986 (1+9+8+6=23) às 01h23;
• O Equinócio de Outono no Hemisféiro Norte e o Equinócio de Primavera no Hsmifério Sul geralmente acontecem no dia 23 de Setembro;
• O número de prisão de Al Capone era 9095 (9+0+9+5=23);
• De acordo coma escala de Fahrenheit, a temperatura normal do corpo humano é de 98,6 (9+8+6=23);
• Há 23 axiomas na geometria de Euclides;
• 23º elemento da tabela periódica é o Vanadium, representado pela letra “V”, representação romana para o número 5 (2+3);
• Os EUA declararam guerra à Alemanha em 11 de Dezembro de 1945 (11+12=23).

11- Acontecimentos Marcantes

É um número pouco conhecido em relação a ser supersticioso, mas ele é! E os acontecimentos são bem curiosos e intrigantes. Alguns dos maiores desastres que ocorreram na terra, aconteceram em um dia 11. Seria isso apenas mais uma coincidência ou superstição? O primeiro caso ocorreu no dia 11 de setembro de 2001, quanto o mundo ficou chocado pelo atentado terrorista nas duas torres gêmeas. O segundo caso ocorreu no dia 11 de janeiro de 2010, com um forte terremoto de magnitude 7.0 atingiu o pobre país do Haiti. Apesar de muitos jornais colocaram que o terremoto foi no dia 12, o mesmo começou em uma fraca escala no dia 11. O terceiro e o mais recente caso ocorreu no dia 11 de março de 2011, quando um terremoto e uma tsunami atingiram o Japão.
Além disso, temos mais algumas curiosidades:

• As vítimas totais que faleceram nos aviões são 254: 2+5+4 = 11;
• O dia 11 de Setembro, é o dia número 254 do ano: 2+5+4 = 11;
• A partir do 11 de Setembro sobram 111 dias até ao fim de um ano;
• O famoso Nostradamus (11 letras) profetiza a destruição de Nova Iorque na Centúria número 11 dos seus versos;
• O atentado de Madrid aconteceu no dia 11/03/2004 (1+1+3+2+4 = 11), 911 dias depois do atentado as torres gêmeas, que somando os numerais (9+1+1= 11).;
• New York City tem 11 letras;
• Afeganistão tem 11 letras;
• Ramsin Yuseb (O terrorista que ameaçou destruir as Torres Gémeas em 1993) tem 11 letras;
• George W Bush tem 11 letras;
• As duas torres gêmeas fazem exatamente um “11”;
• Nova Iorque é o 11 º estado;
• O primeiro avião que se despenhou contra as Torres Gêmeas era o número do vôo 11;
• O voo 11 levava a bordo 92 passageiros. 9 + 2 = 11;
• O voo 77, que também atingiu Twin Towers, levava 65 passageiros. 6 +5 = 11;
• A tragédia teve lugar a 11 de setembro, ou 11/09 como é agora conhecido. 9 + 1 + 1 = 11;.
• A data é igual ao número de telefone dos EUA os serviços de emergência 911. 9 + 1 + 1 = 11;
• O número total de vítimas dentro de todos os voos foi de 254. 2 + 5 + 4 = 11;
• 11 de setembro é o dia número 254 do ano civil. Novamente 2 + 5 + 4 = 11;
• O símbolo mais reconhecido para os EUA, após o Stars & Stripes, é a águia. O versículo seguinte é retirado do Corão, o livro sagrado islâmico:

“Porque está escrito que um filho da Arábia despertará uma águia amedrontadora. As garras da águia serão sentidas por todas as terras de Alá e Lot, quando alguns dos povos tremerão no desespero e no júbilo: para garras da águia limparem as terras de Alá e haverá paz“.

Esse versículo é o número de 9,11 do Corão.
Ainda não está convencido sobre todas essas coincidências? Faça isto:

• Abra o Microsoft Word e faça o seguinte:
* Digite em letras maiúsculas Q33 NY. Este é o número do vôo do primeiro avião a bater numa das Torres Gêmeas.
* Realce o Q33 NY. (Coloque em Negrito)
* Altere o tamanho da fonte para 48. * Altere a fonte real para o WingDings 1. Vejam lá o resultado.

E para finalizar as coincidências o relógio que marca a contagem regressiva para as Olimpíadas de 2012 quebrou exatamente hoje, 15/03/2011, quando marcava 500 dias, 7 horas, 6 minutos e 56 = 5 + 7 + 6 + 5 + 6 = 29 = 2 + 9 = 11.

Até a próxima, se tiver corgem!

O Homem Que Brincava Com Bonecas

Hoje teremos uma boa historia... espero que não sejam medrosos

O Homem Que Brincava Com Bonecas


- “Sabe, Carol... Estou gostando muito desse nosso momento! É, estou adorando mesmo! Pra ser sincero com você, eu sou muito solitário e não tenho com quem conversar... E minha timidez também não ajuda muito, hehehe! E ter você aqui comigo, ouvindo meus desabafos, puxa, aposto que você nem imagina o quanto estou feliz! E quando estou à vontade, assim como estou agora, eu gosto de falar sobre minha vida, minha infância, essas coisas, sabe? Tem certeza de quer mesmo me escutar? Olha, vou logo avisando: é uma história meio dura de se ouvir. Quer ouvir mesmo? Legal! Então, vamos lá...”


- “Quando eu nasci, minha mãe teve uma complicação e ela nunca mais pôde ter filhos. Ela quase morreu. E meu pai... Bom, meu pai morreu antes de eu nascer. Cresci, ouvindo minha mãe jogando na minha cara que ela sempre quis ter uma menina. Não é o tipo de coisa agradável para se ouvir quando criança. Ela me batia muito e me obrigava a usar roupas de meninas. E se eu tirasse, aí que eu apanhava mais mesmo. Foi uma época muito confusa para mim e até hoje, eu não sei se minha mãe já era ou ficou perturbada só depois.


Meus brinquedos eram somente bonecas e eu era forçado a brincar com elas. No início, eu odiava aquilo tudo e quando ela virava as costas, eu as quebrava, todas elas! Arrancava seus braços, suas cabeças, as cortava com faca, arrancava seus olhos e as queimava. Obviamente, as surras eram muito mais severas a ponto de me tirar sangue.”


- “Deus, como eu odiava e temia minha mãe! Tanto que quando ela morreu, e espero que esteja no inferno, não soltei uma lágrima sequer. Maldita cadela! É, ela me embruteceu um pouco, sabe? Mas antes que ela se fosse, minha vida continuava solitária e confusa... Ela não me deixava nem brincar com outras crianças, acredita nisso? E eu só ficava em casa, triste e obrigado a brincar com as bonecas que a maldita me dava! Eu fui me acostumando a isso e as bonecas se tornaram minhas únicas companhias. Elas até passaram a conversar comigo e diziam sempre que nunca me odiariam! Acabei me afeiçoando a elas, as únicas criaturas que me amaram na vida... Está me acompanhando?”


- “Quando conversavam comigo, elas contavam suas histórias e depois nós brincávamos até nos cansar, hehehe! E elas, certo dia, me imploraram para brincar com elas e depois destruí-las, pois só assim suas almas seriam libertadas daqueles corpos de plástico e poderiam ir para um lugar onde elas seriam muito mais felizes. E foi o que eu fiz, com os olhos cheios de lágrimas, mas depois entendi que eu estava fazendo um grande favor a elas. Aquele era meu ato supremo de amor para àquelas que eram minhas amigas de verdade. Só que ao mesmo tempo em que as libertava, eu comecei a sentir um prazer, um êxtase indescritível ao fazer o que eu deveria fazer. E eu cresci, e esse meu apetite foi tornando-se mais voraz e as minhas pequenas amigas foram ficando de lado. Aquilo já estava começando a perder toda a graça...”


O homem fez uma pausa e olhou com rabo de olho para Carol, como uma criança ansiosa esperando por um gesto de carinho e compreensão. Ele, então, enfiou a mão no bolso de sua calça e tirou um grande e prateado cortador de unhas; aproximou-se da mulher nua e amarrada à cama, e começou a acariciar o corpo de Carol. Ela se debatia desesperadamente, tentando gritar, em vão, pela boca amordaçada; e seus olhos arregalados e lacrimejantes exprimiam todo o pavor derradeiro. Sua cabeça estava totalmente raspada e seus longos cabelos loiros jaziam ao lado da cama.


- “Mas continuando nosso papinho gostoso... Então, eu comecei a frequentar sex shops e comprava bonecas infláveis. Ah, deixa eu te dizer, eu queria alguma coisa do tamanho natural. Nossa, hahaha, você não pode imaginar como eu ficava com vergonha disso, hahaha! Mas isso foi só no início, e depois, fui me acostumando... Eu as levava pra casa, brincava com elas e por fim, eu as destruía em pedacinhos. Não sei explicar bem, mas acho que no final, dava muita vergonha de mim mesmo. Mas me pergunta se eu consegui parar... Aquilo virou uma obsessão cada vez mais profunda! Não, eu não conseguia e não queria parar de jeito nenhum. Só que chegou um determinado momento em que fui me cansando. E até demorei um pouco pra descobrir o porquê. E sabe, Carol, o problema é que as bonecas não interagiam comigo... Eu não mais podia falar com elas esperando por uma resposta, eu não podia sentir sua respiração, eu não podia fazê-las sorrir ou gemer... Foi aí que resolvi partir para as bonecas de verdade, as bonecas humanas, de carne e osso, e essas sim, me dão o que eu tanto queria! Olha, e sem querer me gabar, foram muitas, hein?”


O homem apalpou os seios da mulher e, de repente – CLIC – decepou um dos mamilos com o cortador de unhas. O sangue esguichou e enquanto Carol urrava abafadamente, o homem babava de satisfação e soltava risinhos esganiçados, quase afeminados. Ele foi até o canto do quartinho, abriu sua mochila, onde havia bisturis, serras, alicates, chaves de fenda, etc. Sacou uma afiadíssima faca de caça e uma grande tesoura de corte a laser, e aproximou-se de Carol novamente, com um olhar sombrio e ensaiando um desengonçado passo de dança. Ele cantarolava baixinho e aparentava uma insana alegria. A mulher continuava a se debater e a esboçar ruídos.


- “Puxa, Carol, já te disse que estou muito feliz que esteja aqui comigo, agora? Hoje, você vai ser minha boneca, não vai? E nós teremos a noite toda... A noite todinha será só nossa, não é o máximo? Depois disso, você será livre! Para sempre! E aí... vamos começar a brincadeira? Hmmmm, por onde eu começo?”

Até a próxima, se tiver corgem!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Lendas do Banheiro

Aqui no Brasil, temos a famosa Loira do Banheiro, porém no Japão as histórias são diferentes e mais bizarras... Espero que gostem

Toire no Hanako-chan - A Menina do Banheiro

Hanako é o nome da nossa personagem hoje, a lenda diz que a garotinha foi brincar de pique-esconde com os amigos na escola, e se escondeu na terceira porta do fundo do banheiro do terceiro andar. Depois disso, ela foi encontrada morta no banheiro. Após algum tempo, começou a rolar boatos de que a alma da menina ainda estivesse lá. Para não chamar a atenção da Hanako só tem duas coisas que não se deve fazer:

1) Ir ao banheiro do terceiro andar.
2) Bater na porta três vezes e falar "Hanako você está ai?" ( "Hanako-chan, irashaimasu ka?" em Japonês)

Se repetir isso três vezes, e você escuta uma voz falando "sim!",  então, provavelmente você verá Hanako. Ela ira sugar sua alma para junto dela. Apesar disso ter acontecido em um só colégio, essa lenda se espalhou por todos os colégios do Japão, e se tornou uma das lendas urbanas mais famosas de lá.

Papel vermelho/ azul

Como toda boa lenda que se preze, esta tem muitas variações, mas basicamente o "conteúdo" é o mesmo:
À tardezinha, um jovem vai ao banheiro antes de ir embora para casa (no Japão o horário das escolas é integral, ou seja, as crianças ficam na escola desde as oito da manhã até mais ou menos quatro, cinco da tarde).
Após fazer suas necessidades, ele pensa em pegar o papel higiênico para se limpar, mas este já acabou. Então, ele ouve uma voz que vem do nada, e esta lhe pergunta: "Quer papel vermelho? Quer papel azul?". O jovem responde "papel vermelho" e no mesmo instante todo o sangue de seu corpo verte por seus orifícios e o jovem morre.

lenda se espalha pela escola e, mesmo aterrorizado por ela, outro jovem acaba indo ao banheiro dias depois e a mesma situação ocorre. A voz vem do nada e lhe pergunta: "Quer papel vermelho? Quer papel azul?". O garoto, lembrando-se do que ocorreu ao colega por ter pedido o papel vermelho, pede o azul sem hesitar. Neste exato momento todo o sangue de seu corpo é drenado por uma força sobrenatural, e o garoto morre, sendo encontrado depois com o corpo todo azulado pela falta de circulação.


Até a próxima, se tiver corgem!


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A Morte Bate a Porta

Hum parece que hoje teremos mais diversão....hahaha... Hoje teremos uma história com um cenário tipico de horror, aproveitem

A Morte Bate a Porta

Numa certa noite, no interior, em meio a uma fogueira havia uma roda de amigos contando histórias de terror. Até então, naquela noite macabra, porém pacata, um dos amigos lança um desafio a rapaz que se julgava mais corajoso. O desafio era o seguinte: o rapaz, cujo a graça era Marcio, teria que entrar no cemitério a meia-noite.
O amigo, para não sair mal na fita, aceitou o desafio, e para provar ele pegaria algo de lá. Então a meia-noite Marcio e seu amigo (que o desafiará) foram até a porta do cemitério, Marcio entrou, mas seu amigo apavorado volto para o alojamento junto aos outros rapazes. Marcio, apesar de não parecer, estava com muito medo. Então, Marcio começa a ouvir passos e vozes se aproximando cada vez mais, e mais, e mais, e mais... Aflito começa a olhar ao seu redor e nada vê somente uma enorme escuridão, apavorado, arranca logo uma cruz do cemitério e corre desesperado para o alojamento... Ao sair do cemitério, ao longe escuta gritos de desespero.
Chegando em meio aos amigos, entra no alojamento sorridente e mostrando a todos sua coragem, se exibindo com aquela cruz na mão, provando aos amigos que não tem medo de mortos. Todos começaram a rir, quando, de repente, adentra no alojamento um dos amigos dizendo:
- Marcio, o João Alves está ai fora te procurando...Ele veio buscar algo dele que, diz estar com você.
Marcio olha desesperado para o amigo e diz:  -Mas eu não conheço nenhum João Alves.
E no mesmo instante, os jovens reparam na pequena escritura na lapide, havia um nome.... "João Alves"...

Anoite os alijamentos vizinhos escutaram muitos gritos de pavor vindo do alojamento dos jovens, assustados, a diretora dos alojamentos ligou para a policia. Quando a policia chegou todos estavam mortos e a Lápide havia sumido.


Até a próxima, se tiver corgem!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A garota da foto

Para nosso segundo post, não podia faltar essa lenda...kkk...espero que gostem!!

A garota da foto

Em um dia na escola, um garoto chamado Bruno estava sentado em sua classe durante a aula de Matemática. Faltavam menos de dez minutos para o termino da aula. Enquanto ele guardava o material, uma coisa chamou sua atenção. A carteira de Bruno era ao lado da janela e ao olhar para fora viu uma foto no chão. Quando a aula acabou, ele correu até o lugar que tinha avistado e achou uma linda garota, a mais linda que ele já havia visto. Ela tinha um vestido apertado, seu cabelo era ondulado e sua mão direita tinha um sinal "V" formado com os dedos indicador e médio.
Ela era tão linda que ele logo a quis conhecer, então ele percorreu toda a escola peguntando para todos que passavam se alguém já havia visto aquela garota. Mas todos respondiam um sonoro "não". Ele então finalmente foi para casa. Ao chegar lá ele perguntou a sua irmã mais velha se já havia visto aquela garota, mas ela também respondeu "não". Já era tarde, Bruno subiu as escadas, colocou a foto sobre a cabeceira de sua cama e dormiu.
No meio da noite, começou a ouvir barulhos em sua janela e então uma leve risada apavoro Bruno ainda mais então, apavorado, ficou encolhido na cama até o dia seguinte.
No dia seguinte volto a pergunta pela menina à sua vizinhança, mas ninguém sabia nada sobre a bela menina. Novamente, o dia chegou a fim e Bruno sem resposta, então colocou a foto em sua cabeceira e poste a dormi. Anoite, Bruno volto a ouvir a risada macabra, mas dessa vez decidiu investigar a fundo a origem da risada, então pegou a foto e saiu. Ao sair de casa, enquanto atravessava a rua um carro veio e o atropelo causando morte instantânea. O motorista, aterrorizado, ainda tento socorre o garoto e acabou vendo a foto daquela garota linda com os três dedos levantados.

Até a próxima, se tiver coragem!!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Kochisake Onna, a mulher da boca cortada

Para dar inicio aos nossos postes, escolhi uma das minhas lendas japonesas favoritas... Espero que gostem:

Kochisake Onna, a mulher da boca cortada

Não lembro, ao certo, quando a lenda se originou, mas desde pequena à conheço. A lenda conta que a muito tempo atrás existia uma mulher, chamada Kochisake Onna, que era casada com um samurai. Onna era dona de um beleza estonteante e cobiçada  por muitos, e por esse motivo, seu marido tinha um grande ciumes e medo de que, algum dia ela viesse a lhe trair, e de fato esse dia chegou. Ao descobri a traição, o samurai, muito nervoso, empunhou sua espada e atacou a mulher cortando-lhe a boca de ponta a ponta, e aos berros a disse: "- E agora, quem te achará bonita?!"

E a partir dai, a lenda começa a ter algumas variações. Contarei aqui a que primeiro veio a meu conhecimento.

As pessoas falam que ela costuma aparecer em noites nubladas ou em saídas de escolas muito movimentadas, usando uma mascara cirúrgica e com vestes vermelhas sangue (nota: no Japão, as roupas tem costume de ter cores vividas e algumas pessoas usam essas mascaras cirúrgicas no dia-a-dia, sabendo disso reconhece-la não seria um tarefa nada fácil.).

Ao se aproximar da vitima ela pergunta:
"- Eu sou bonita?"
Caso, de imediato, você responder "não" ela te mata de imediato, mas caso você responda que sim ela tira a mascara e pergunta:
"- Mesmo assim?"
Ai é morte na certa, pois se você responder "não" ela te mata, e se você responder "sim" ela te mata achando que isso é apenas um deboche.

Que eu conheça, existem três modos de evitar a morte certa:
1- Se você escrever "mu" (cachorro) na mão e bate palma isso pode assusta-lá. (Gritar que o "Cachorro está vindo!" também a assusta)
2- Se na primeira pergunta, você responder mais ou menos, enquanto ela tenta entender você tem tempo de fugir.
3- Se você for muito bonito, na segunda pergunta você pode "responder": "- E eu, Sou bonito?"

Variações de personagem:
Ah quem diz que, na verdade, são três mulheres que batem a sua porta e perguntam qual é a mais bonita, mas as duas que não foram escolhidas te comem vivo.

Variações do ferimento:
Ah quem diz que, seu ferimento é, na verdade, erro cirúrgico.

Variações de evitar a morte:
Ah quem diz que, se você a der doces terá um tempo de fugir

Minha opinião: Bom, mas não é bom arriscar, então se você for ao Japão não saia em noites de nevoa e sempre ande em grupo na saída da escola.

Até a próxima, se você tiver coragem!